O deputado Arlen Santiago (PTB) que mesmo ausente, votou num projeto do executivo mineiro, na noite do último dia 30 de novembro, poderá renunciar para não ter seu mandato cassado, da mesma forma que fez Antônio Carlos Magalhães, que renunciou seu mandatode Senador para não perder os direitos políticos, caso fosse cassado, por ter violado o painel do Senado Federal.
A Comissão de Ética da Assembléia Legislativa de Minas Gerais decidiu pela abertura de investigação da fraude do painel eletrônico da Casa e que, inclusive, o relator do caso jáestaria escolhido. Além de Santiago, Antônio Lerin (PSB) e Juninho Araújo (PTB), também tiveram seus votos registrados em plenário sem estarem presentes na Assembléia. Oocorrido levantou suspeitas sobre a possibilidade de violação do painel, mas, até hoje, aúnica medida tomada pela Casa foi a de obrigar os parlamentares a mudarem suas senhas pessoais.
De acordo com o deputado Paulo Lamac (PT) - que é membro da Comissão - o encontroda próxima semana já é para dar os encaminhamentos necessários.
"A apuração doocorrido será feita sim. Nosso papel é garantir que a investigação seja feita", afirmou opetista. A mesma certeza é confirmada por Rogério Correia (PT). Segundo ele, o nome de Adalclever Lopes (PMDB) já teria sido definido para o cargo de relator da apuração.
Segundo Lopes, o ideal seria que alguém da oposição fosse o relator, já que a questãoenvolve o dia de votação de projetos do Executivo. "Seria bom, mas acho pouco provável,porque a comissão tem maioria governista", explicou.
Presidência.
O deputado Doutor Viana justifica que a decisão em torno da abertura deinvestigação depende de todos os membros da Comissão e que por isso não é possíveladiantar o que vai acontecer. "Há vontade de toda a comissão em dar celeridade aoprocesso, mas isso não depende apenas de mim", destacou.
O deputado Doutor Viana justifica que a decisão em torno da abertura deinvestigação depende de todos os membros da Comissão e que por isso não é possíveladiantar o que vai acontecer. "Há vontade de toda a comissão em dar celeridade aoprocesso, mas isso não depende apenas de mim", destacou.
Ainda segundo o democrata, na própria terça será acordado o plano de trabalho dosmembros do colegiado, caso se decida pela apuração da fraude.
Pedidos.O deputado Sávio Souza Cruz (PMDB) aguarda a resposta da Mesa Diretora daAssembleia sobre os requerimentos protocolados por ele. Um pede as imagens do dia dapolêmica votação e outro solicita a certidão de todas as votações para cruzar os dados e verde qual terminal partiu o registro.
Os deputados da oposição temem que a investigação da fraude seja postergada e acabesem respostas neste ano.
Desgaste
Há suspeitas de que os "votos-fantasma" seriam originados dos terminais da Mesa. Para evitar o desgaste, integrantes do colegiado teriam convencido o presidente da Casa apassar o caso "para frente".
Fonte: O Tempo / emcimadanoticia.com.br
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