Recordando

domingo, 26 de maio de 2013

Barcelona,o Capetinha do Pici jogava bola. Neymar não.













Desligo o televisor, depois de ver o Santos empatar em 0x0 com o Flamengo do Rio de Janeiro. Venho correndo ao computador para escrever esta matéria e falar sobre a ida do Neymar para o Barcelona. O que destoou na partida foi a insistência do Luiz Roberto, narrador da Globo,falar o nome do Neymar, de dez em dez minutos, como se fosse um acontecimento nacional. E a antipatia que determinados comunicadores jogaram para cima do Neymar foi tão grande que a torcida presente ao belo estádio Mané Garrincha o vaiava a todo momento.Bem diferente, se fosse uma despedida de um verdadeiro gênio como Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo Fenômeno ou mesmo o baixinho Romário. Não se ouviram palmas quando o jogador Neymar saiu se despedindo dos jogadores do Flamengo. E nem mesmo aquele jogador mais veterano do Mengão fez questão de trocar camisa com ele. Sim, quem trocou foi um menino que está iniciando a carreira e não sabe ainda o que significa o marketing no futebol. E o marketing da Televisão Globo é tão grande que o Luiz Roberto, no último lance do Neymar, disse  me fazendo dar gargalhadas: "Tai o Neymar, o verdadeiro substituto de Pelé". A falta de consideração para com o maior jogador do mundo foi muito grande.O próprio Pelé, há poucos dias,deu a entender que o Neymar não levava o futebol a sério. Para quem teve o prazer de viver a época Pelé, como eu vivi, sabe que era Rei dentro de fora de campo. 
Ora, meus leitores, o que pode se dizer de um rapaz que aos 21 anos já e dono de iate,carrões e verdadeiro garoto propaganda pode aspirar com mais esta fortuna que vai ganhar no Barça? Sejamos leais, o Barcelona está comprando gato por lebre.O Neymar não joga futebol nem na seleção, como vai acompanhar a disciplina e os talentosos jogadores do Barcelona.Lá na Europa não tem coletivos como aqui no Brasil.No máximo cinco em um ano. O que o treinador deseja é treinado exaustivamente. Messi e Niesta são pessoas que são profissionais em todos os sentidos. Várias vezes morei na Europa e vi de perto a diferença dos clubes de lá para os de cá é enorme. 
Amanhã mesmo estou enviando, via sedex com resposta, um DVD à Rede Globo para que o Luiz Roberto assista o Clodoaldo - o Capetinha -  jogar e verá que o baixinho -  não teve quem fizesse o marketing,ai sim, de seu maravilhoso futebol desconcertante.Em 1995,dava a minha colaboração ao Fortaleza EC e,depois que assisti a uma partida amistosa dos reservas no interior Cearense, entrei em contato com o respeitado Jornalista Tom Barros e lhe disse: "Desculpa, mas o time do Fortaleza é o Clodoaldo e mais 10". Sempre me interessei em valorizar a prata da casa. Certamente, a TV Globo ia vê-lo repetir na Seleção brasileira as maravilhosas atuações que teve no Leão do Pici. Uns tem padrinhos e,apenas, jogam, outros jogam muito e não são lembrados. Assim tem sido o futebol, nos 35 anos que vivo nele e vivo dele.