Recordando

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Denunciar? É arranjar problema no Brasil.



                     Os Juízes e Promotores honestos são impedidos de dar decisão 
                         em processos que os foras da Lei serão punidos e são obrigados a sair da Comarca.

Um dinheirão é gasto pelos Órgãos pedindo à população para denunciar. O processo abaixo já vai para 12 meses e a denunciada continua alegre, feliz e debochando daqueles que não teve a felicidade de ser nora de um Procurador do Ministério Público em Minas Gerais. Para quem não sabe o que significa Ministério Público é onde estão os Promotores que ganham um baita de um salário para fiscalizar quem não está cumprindo as Leis. Gostaria que todos os meus leitores conhecessem de perto a arrogância do marido da denunciada que, graças a essa proteção do Ministério Público, através de seu pai, arrancou na marra o direito de ser Presidente da 200a. Secção da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil que gosta tanto de aparecer dando uma de justa e humana. Contudo, esquece-se de disciplinar a sua casa. A referida Secção vai proteger advogado que usou três números de CPF's e foi absolvido. E o envolvimento dele continua sério com políticos que estão sendo processados, há mais de quatro anos, por uso em excesso de combustíveis quando prefeito e vice-prefeito.
Dá-se a impressão de que a propaganda é para se saber quem está no caminho errado para ouvir daquele que tem a obrigação de punir a seguinte frase: “Quanto é que eu levo nisto?" A cidade de Coração de Jesus-MG, onde estes fatos acontecem, foi manchete no Jornal O Estado de Minas como uma das cinco cidades mais corruptas de Minas Gerais. E olha que Minas tem mais de 800 cidades! 
O denunciante perseguido por todos aqueles que levam vantagem em tudo não recebe o apoio da população por medo de acontecer o mesmo. 

O processo abaixo eu provo que o Cartório de Registro de Imóveis na Comarca de Coração de Jesus-MG forjou uma certidão de imóveis para favorecer a uma pessoa que adentrou no meu imóvel. E no mesmo processo, consta comprovantes de cobrança de expedição de certidão ferindo a tabela com um aumento de mais de R$ 9,00. 



NUMERAÇÃO ÚNICA: 0009235-40.2012.8.13.0775
SECRETARIA DO JUÍZOATIVO

Classe: Petição      
Assunto: REGISTROS PÚBLICOS > Registro de Imóveis
CS: -

Requerente: LEVÍ ARAUJO LAFETÁ

Última(s) Movimentação(ões):
 CONCLUSOS PARA DESPACHO/DECISÃO  JUIZ(A) SUBSTITUTO(A) 74377   12/11/2012
 JUNTADA DE MANDADO    10/07/2012
 EXPEDIÇÃO DE MANDADO    19/06/2012

Dados CompletosTodos AndamentosTodas as Partes/Advogados

Consulta realizada em 26/09/2013 às 07:03:54

NUMERAÇÃO ÚNICA: 0009235-40.2012.8.13.0775
SECRETARIA DO JUÍZOATIVO

 CONCLUSOS PARA DESPACHO/DECISÃO  JUIZ(A) SUBSTITUTO(A) 74377   12/11/2012
 JUNTADA DE MANDADO    10/07/2012
 EXPEDIÇÃO DE MANDADO    19/06/2012
 PROFERIDO DESPACHO - CUMPRA-SE    17/05/2012
 CONCLUSOS PARA DESPACHO/DECISÃO  JUIZ(A) TITULAR 74237   29/03/2012
 DISTRIBUÍDO POR SORTEIO    29/03/2012

Consulta realizada em 26/09/2013 às 07:11:12 



terça-feira, 24 de setembro de 2013

Afinal, quem tem medo de Leví Lafetá?

Veja nos vídeos : 1) Se for verdade o que vídeo denuncia,então é o fim de tudo e
                            2) Deputado Denuncia Fraude nas Urnas Eletrônicas

Os vídeos mostram provas de que a urna eletrônica não é confiável. O seu voto pode ter sido desviado para outro candidato. Veja,realmente,sensacional. Eu posso ter sido uma das vítimas em 2008 e 2010. Afinal, infelizmente a minha santa terrinha Coração de Jesus-MG é a detentora do péssimo titulo de ser o primeiro município a ter um ex-prefeito condenado a usar tornozeleira eletrônica. 




Em Coração de Jesus-MG, considerada uma das cinco cidades mais corruptas de Minas Gerais,conforme matéria do Jornal O ESTADO DE MINAS,em 2012, fui candidato a Vereador. Na primeira mostragem da contagem de votos eu estava com 36 votos e ao final da contagem eu continuava com 36 votos. Fui ao Cartório eleitoral reclamar e a resposta foi esta: " Não há nova contagem de votos,por ser urna eletrônica". 

Em 2008, quando candidato a Prefeito pelo PT, com 21.000 eleitores,visitei mais de 3.500 famílias - que corresponde a mais de 10.000 pessoas, e obtive 244 votos. Dois candidatos concorrentes - que não residem no município - foram requeridas as suas IMPUGNAÇÕES.O Mercio Coelho - PTB 14 nunca morou no município e debochou na contestação apresentando a carteira profissional de trabalho de sua esposa quando ainda namoravam e o outro Ronaldo Mota Dias não contestou a Ação. Os dois continuaram na disputa. O Ronaldo ficou em segundo lugar e o outro em terceiro.
Levei ao conhecimento do  TRE- Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, em 2009,e não obtive resposta até hoje dia 24 de setembro de 2013.
Na primeira candidatura, eu havia chegado recentemente de u, centro mais adiantado e estava quebrando uma sequencia de mesmos candidatos para mais de 22 anos. Eram sempre os de fora que se candidatavam: Toninho Cordeiro ( o primeiro prefeito a usar tornozeleira eletrônica), Mercio Coelho ( legítimo representante do famoso Deputado Arlen de Paula Santiago Filho) e Ronaldo Mota Dias ( que se declarou profissional em politica).
Ao assistir este vídeo não acredito que eu continue sendo perseguido politicamente.Afinal, uma hilariante Ação de Reintegração de Posse, criada com documentos e autor falsos, para me tomar a força o meu imóvel não sai da mesa da Juíza há mais de 40 meses. Será que todos os Juízes que funcionaram no processo foram pressionados por aqueles que não querem se curvar diante das verdades que escrevo e exijo Justiça!  
                     Deputado Denuncia Fraude nas Urnas Eletrônicas 

   Em Minas Gerais, o cidadão não tem o direito de resposta. Leia a petição que foi protocolada por mim em Belo Horizonte com uma farta documentação. Existe perseguição política. Esta é somente uma das dezenas que já publiquei neste blog.




segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Para não achar que eu inventei.

Nem sempre as Prefeituras procuram pessoas capacitadas para assumirem secretarias importantes.A política em primeiro lugar. Uma da maior importância é a Secretaria de Cultura. Não pode,nem de longe, pensar em nomear pessoas que nem sabem o que significa a definição de cultura. Então, para não dizer que estou pegando no pé de alguém que assumiu importante secretaria, recorri a colega Jornalista e eis o que ela escreveu:

A cultura e a formação do ser humano: sobre o acesso à cultura

Por Marcia Tiburi


O conceito de cultura está intimamente ligado ao conceito de formação. Precisamos prestar atenção nesta relação para entendermos o estado da questão nos dias de hoje quando certa crise da cultura relaciona-se à educação no contexto da crise geral da sociedade. O que a sociedade tem a ver com a cultura?  O que a cultura pode fazer pela formação dos indivíduos para além da educação? Entre a inclusão e a exclusão de indivíduos e grupos ao poder, pois é de poder que se trata quando se fala de cultura, a sociedade de um modo geral enfrenta-se com o desejo da democracia que nada mais é do que a partilha das ideias e das práticas no contexto de sua diversidade. Vivemos a experiência de uma sociedade afundada em diversas perspectivas, desejos, posicionamentos e, sobretudo, jogos de força. Em meio a isso tudo, a democracia é um desejo e um ideal pelo qual devemos lutar, pois não está pronta como demonstra a inacessibilidade da cultura.

O que é culturaEm primeiro lugar, devemos ter em mente que “cultura” é um conceito usado genericamente para falar da totalidade dos valores e das práticas humanas. Neste sentido, cultura é tudo o que é produzido pelo ser humano enquanto não é próprio da natureza. Em um segundo sentido, costumamos chamar de cultura um tipo de recorte para definir práticas relacionadas às artes e às chamadas ciências humanas voltadas à pesquisa de cunho antropológico e social. Distinguem-se das ciências duras voltadas para a pesquisa sobre a natureza.
Esta oposição é decisiva na compreensão da cultura na atualidade. As ciências exatas ou naturais, ciências vistas como “duras” em função de seu respaldo no método empírico, são também aquelas que se relacionam historicamente com a noção de progresso. Progresso, por sua vez, é algo que faz parte da ideologia do mercado. O produto do progresso nunca foi a arte, mas a tecnologia que não se faz ver em espetáculos teatrais ou livros de arte, mas em medicamentos, eletrodomésticos, carros. Tais produtos são hipervalorizados e lucrativos. Por oposição a eles é que passamos a chamar de produtos culturais determinados artefatos que acabam por carregar a marca de algo inútil porque contrário ao progresso, ao mercado e ao lucro.
Os produtos da cultura em seu sentido estrito são desvalorizados pelo mercado. Mas que sejam desvalorizados pela sociedade como um todo é um problema sério. Muitos artistas e produtores culturais tentam mudar isso e muitos conseguem transformando arte em objeto industrializado para atingir o maior número possível de pessoas, ou produzindo objetos – músicas, espetáculos, filmes – para o puro entretenimento. Aí é que aparece a indústria da cultura que não tem necessariamente a ver com obras de arte. Ou seja, pode-se produzir um disco inteiro apenas para fazer sucesso no mercado, desconsiderando qualquer daqueles valores como sensibilidade e rigor estético que fazem parte da história da arte. Isso pode escandalizar alguns, mas para aqueles que pensam em termos de mercado não há nada demais.
De que acesso estamos falando?
A questão do acesso precisa ser pensada a partir daí. Todos nós temos acesso aos produtos industrializados da cultura e que são escoados pelo mercado, seja pela televisão aberta ou pelos shows em estádios lotados com músicos competentes em entreter massas inconscientes. No entanto, a maior parte da população nem fica sabendo o que existe em termos de produtos – ou obras de arte – para além daquilo que é oferecido no contexto do mercado. Não é errado pensar que o avanço da indústria impede o avanço da arte, pois a indústria aliada ao mercado, aliada à propaganda, sempre coopta adeptos, avança nos espaços, não deixando lugar para outras expressões. A indústria também comanda os interesses, produzindo-os pela propaganda.

Raramente se vê nos meios de comunicação a propaganda espontânea de uma exposição de arte, de cinema, de um espetáculo de dança que escape do que pode render lucro. Há, é claro, exceções que confirmam a regra. Mesmo o patrocínio por meio de leis de incentivo é orientado a produtos da indústria da cultura muito mais do que a produtos propriamente artísticos. A cultura está reduzida ao que o mercado determina quando escoa produtos industrializados. Fazer cultura seria, neste caso, resistir diante do mercado, e poder intervir no desejo das massas. Mas há desejo fora do mercado nos dias de hoje?
Podemos responsabilizar a educação e até mesmo a família como tantos fazem. Podemos dizer que o desinteresse das massas é promovido pelos meios de comunicação. Estamos diante do velho dilema de quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha. O problema da educação, da família, dos meios de comunicação, é o problema geral da sociedade – sociedade civil, governo, esfera privada e pública – que não se importa com a formação de seus cidadãos porque ela não dá lucro. Curiosamente, a educação que dá lucro, aquela das escolas privadas, vai muito bem no Brasil. O acesso aos bens em geral, inclusive os culturais, dos que tem poder econômico não é um problema real.
O problema da cultura é também “cultural”
O problema do acesso à cultura é ele mesmo um problema cultural. E não deixa de ser até mesmo um problema estético, ou seja, de gosto, de relação sensível com as obras de arte e os produtos culturais. Mas aqui ele se mostra também em seu caráter de problema ético. No Brasil poderia haver certa inconsciência sobre o que estamos fazendo de nós mesmos se não estivéssemos mergulhados em um profundo jogo de poder em que está sempre vencendo o mercado. O problema do mercado não é outro do que a unificação dos seres humanos, impedidos de outras experiências estéticas capazes de promover a formação para além da estupidificação, da imbecilização que o modo de ver o mundo de um só ponto de vista produz.

As palavras que usei são fortes e até mesmo feias, mas devem ser usadas como um balde de água fria que, incomodando, nos acorda.
 Contra o descaso da política institucional e da sociedade como um todo, cabe a labuta diária de artistas e produtores, professores, jornalistas e cidadãos que não pensam que a hegemonia do pensamento, da ação e da experiência estética seja um bom futuro para uma sociedade que deseja ser verdadeiramente democrática.
Marcia Tiburi é  graduada em filosofia e artes e mestre e doutora em filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Publicou as antologias As Mulheres e a Filosofia (Editora Unisinos, 2002),  O Corpo Torturado (Ed. Escritos, 2004), e Mulheres, Filosofia ou Coisas do Gênero (Edunisc). Em 2008 publicou Filosofia em Comum – para ler junto (Record).É professora do programa de pós-graduação em Arte, Educação e História da Cultura da Universidade Mackenzie, colunista da Revista Cult e participante do programa Saia Justa, do canal GNT.


Crédito foto: Acervo CPFL