Recordando

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Ex-prefeito Antônio Cordeiro de Faria é transferido.













FONTE:
http://www.geraisnews.com.br/notícias/slideshow/item/4411-cordeiro-é-transferido-para-prisão-federal.html


Conforme o Ministério Público Federal (MPF), o ex-prefeito de Coração Jesus, Antônio Cordeiro, que foi o primeiro prefeito a usar tornozeleira eletrônica no Brasil, tentou subornar a principal testemunha do caso investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de acusação de desvios milionários de recursos públicos. O novo mandado de prisão, que foi expedido e cumprido na terça-feira (3), tem como base a mesma acusação: ameaça e intimidação.

O pedido de prisão preventiva, desvio de dinheiro público e falsidade ideológica de documentos públicos foi pedido pelo MPF em Montes Claros na última segunda-feira (2). O crime de desvio e apropriação de recursos públicos também foi imputado a Ângelo Pedro Neto, John Kennedy Souza Versiani, Walfredo Soares Barbosa e Ady Wesley Silveira Dias. Os auxiliares de Antônio Cordeiro, Ângelo Pedro e John Kennedy, ainda foram acusados do crime de corrupção de testemunhas. E por falsidade ideológica também respondem um servidor do Ministério da Integração Nacional, Elísio Eustáquio da Silva, e o engenheiro Walfredo Soares Barbosa.

Crime

O crime teria iniciado no fim de 2010, quando o ex-prefeito pediu recursos ao Ministério da Integração Nacional para obras de emergência em decorrência das chuvas. A verba seria utilizada na recuperação de 100 km de estradas na zona rural do município e na reconstrução de 18 moradias na área urbana.

O órgão federal aprovou a transferência de R$ 2 milhões, divididos em duas parcelas. A primeira referente à recuperação das estradas e a segunda para a construção das casas. No entanto, a última verba só seria repassada após a conclusão da primeira etapa.

Em fevereiro de 2012, a prefeitura comunicou que havia concluído a obra, que teria sido realizada pela Construtora Potencial, de propriedade do também denunciado Ady Wesley Silveira Dias. Contudo, no mês seguinte, a PF recebeu denúncias de que as obras não haviam sido terminadas.

As investigações revelaram que, além de não estarem concluídas, as obras estavam sendo feitas com máquinas e servidores do município. Revelou, também, que Antônio Cordeiro, Ângelo Pedro, John Kennedy, Walfredo Soares e Ady Wesley teriam se unido para desviar parte dos recursos federais destinados à recuperação das estradas.

Desvio e falsidade ideológica

Para cometer o crime, o ex-prefeito e seus subordinados Ângelo e John Kennedy convenceram o dono da construtora, Ady Wesley, a subcontratar outras duas empresas para execução de parte das obras, a um custo muito inferior ao do contrato firmado com a construtora. Assim, eles desviaram, no mínimo, R$ 552.299,14.

Outro crime atribuído a Antônio Cordeiro e a Walfredo Soares Barbosa foi o de falsidade ideológica, já que, segundo o MPF, eles elaboraram uma falsa prestação de contas afirmando que as obras de recuperação das estradas teriam sido executadas. Para isso, o engenheiro civil da Secretaria Nacional de Defesa Social, Elísio Eustáquio da Silva atestou falsamente que o empreendimento estaria concluído.

Penas

A pena para o crime de falsidade ideológica em documento público vai de um a cinco anos, mas quando cometido por servidor público no exercício de suas funções, ela deve ser aumentada em um sexto. Elísio Eustáquio, se condenado, poderá perder o cargo público. O crime de corrupção de testemunhas é punido com 3 a 4 anos de prisão e o desvio de dinheiro público, 2 a 12 anos.

O MPF também pediu que, além das penas de prisão, que todos os denunciados percam o direito de exercer o cargo ou função pública.


O meio literário e algumas curiosidades.




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O escritor Wolfgang Von Goethe escrevia em pé. Ele mantinha em sua casa uma escrivaninha alta.

O escritor Pedro Nava parafusava os móveis de sua casa a fim de que ninguém os tirasse do lugar.

Gilberto Freyre nunca manuseou aparelhos eletrônicos. Não sabia ligar sequer uma televisão.
Todas as obras foram escritas a bico de pena, como o mais extenso de seus livros, Ordem e Progresso, de 703 páginas.

Euclides da Cunha, Superintendente de Obras Públicas de São Paulo, foi engenheiro responsável pela construção de uma ponte em São José do Rio Pardo (SP).
A obra demorou três anos para ficar pronta e, alguns meses depois de inaugurada, a ponte simplesmente ruiu.
Ele não se deu por vencido e a reconstruiu.
Mas, por via das dúvidas, abandonou a carreira de engenheiro.

Machado de Assis, nosso grande escritor, ultrapassou tanto as barreiras sociais bem como físicas.
Machado teve uma infância sofrida pela pobreza e ainda era míope, gago e sofria de epilepsia
Enquanto escrevia Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado foi acometido por uma de suas piores
crises intestinais, com  complicações para sua frágil visão.
Os médicos recomendaram três meses de descanso em Petrópolis.
Sem poder ler nem redigir, ditou grande parte do romance para a esposa, Carolina.

Graciliano Ramos era ateu convicto, mas tinha uma Bíblia na cabeceira só para apreciar os ensinamentos
e os elementos de retórica.
Por insistência da sogra, casou na igreja com Maria Augusta, católica fervorosa, mas exigiu que a cerimônia ficasse restrita aos pais do casal.
No segundo casamento, com Heloísa, evitou transtornos: casou logo no religioso.
 
Aluísio de Azevedo tinha o hábito de, antes de escrever seus romancesdesenhar e pintar, sobre papelão,
 as personagens principais mantendo-as em sua mesa de trabalho, enquanto escrevia.

José Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do Flamengo, do Rio, e chegou a chefiar a delegação brasileira no
Campeonato Sul-Americano, em 1953.
Aos dezessete anos, Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ),
depois de um desentendimento com o professor de português. Imitava com perfeição a assinatura dos outros.
Falsificou a do chefe durante anos para lhe poupar trabalho. Ninguém notou. Tinha a mania de picotar papel e tecidos.
Se não fizer isso, saio matando gente pela rua". Estraçalhou uma camisa nova em folha do neto.
"Experimentei, ficou apertada, achei que tinha comprado o número errado. Mas não se impressione, amanhã lhe
dou outra igualzinha."

Numa das viagens a Portugal, Cecília Meireles marcou um encontro com o poeta Fernando Pessoa no
café A Brasileira, em Lisboa. Sentou-se ao meio-dia e esperou em vão até as duas horas da tarde.
Decepcionada, voltou para o hotel, onde recebeu um livro autografado pelo autor lusitano.
Junto com o exemplar, a explicação para o "furo": Fernando Pessoa tinha lido seu horóscopo pela manhã e
concluído que não era um bom dia para o encontro.
Érico Veríssimo era quase tão taciturno quanto o filho Luís Fernando, também escritor.
Numa viagem de trem a Cruz Alta, Érico fez uma pergunta que o filho respondeu quatro horas depois, quando
chegavam à estação final.

Clarice Lispector era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os amigos e dizia coisas perturbadoras.
Imprevisível, era comum ser convidada para jantar e ir embora antes de a comida ser servida.

Monteiro Lobato adorava café com farinha de milho, rapadura e içá torrado (a bolinha traseira da formiga tanajura),
além de Biotônico Fontoura.
 
Mário de Andrade provocava ciúmes no antropólogo Lévi-Strauss porque era muito amigo da mulher dele, Dina.
Só depois da morte de Mário, o francês descobriu que se preocupava em vão. O escritor era homossexual.
 
Vinicius de Moraes, casado com Lila Bosco, no início dos anos 50, morava num minúsculo apartamento
em Copacabana.   Não tinha geladeira.
Para agüentar o calor, chupava uma bala de hortelã e, em seguida, bebia um copo de água
para ter sensação refrescante na boca.

José Lins do Rego foi o primeiro a quebrar as regras na ABL, em 1955.
Em vez de elogiar o antecessor, como de costume, disse que Ataulfo de Paiva não poderia ter ocupado a cadeira por faltar-lhe vocação.

Jorge Amado para autorizar a adaptação de Gabriela para a tevê, impôs que o papel principal fosse dado a Sônia Braga.
"Por quê?", perguntavam os jornalistas, Jorge respondeu: "O motivo é simples: nós somos amantes." Ficou todo mundo de boca aberta.
O clima ficou mais pesado quando Sônia apareceu. Mas ele se levantou e, muito formal disse:
"Muito prazer, encantado." Era piada. Os dois nem se conheciam até então.

O poeta Pablo Neruda colecionava de quase tudo:
conchas, navios em miniatura, garrafas e bebidas, máscaras, cachimbos, insetos, quase tudo que lhe dava na cabeça.

Vladimir Maiakóvski tinha o que atualmente chamamos de Transtorno Obsessivo-compulsivo (TOC).
O poeta russo tinha mania de limpeza e costumava lavar as mãos diversas vezes ao dia, numa espécie de ritual repetitivo e obsessivo.

A preocupação excessiva com doenças fazia com que o escritor de origem tcheca Franz Kafka usasse
roupas leves e só dormiss
e de janelas abertas – para que o ar circulasse -, mesmo no rigoroso inverno de Praga.

O escritor norte-americano Ernest Hemingway passou boa parte de sua vida tratando de problemas de depressão.
Apesar da ajuda especializada, o escritor foi vencido pela tristeza e amargura crônicas.
Hemingway deu fim à própria vida com um tiro na cabeça.

O poeta português Fernando Pessoa tinha o hábito de escrever sob diversos heterônimos,
cada qual com estilo e biografia próprios.
Entre os heterônimos adotados estão Ricardo Reis, Alberto Caieiro e Álvaro de Campos.