TORRE DOS LAFETÁS |
Conforme original no idioma português de Portugal
Nesta freguesia situa-se igualmente a torre dos Lafetás, edifício solarengo (da família de mercadores italianos Lafetá), do século XVI (imagem à esquerda, vinda daqui), bem como a aldeia do Sanguinhal, célebre pela sua Companhia Agrícola, antiga e excelente produtora de vinhos.
Para além do caracol, o Carvalhal é uma terra onde se come bem. Sugerimos O Lagar, um estabelecimento despretencioso e tradicional que prima pela qualidade, e que conta na sua ementa o arroz de cabrito, arroz de camarão à Lagar, perna de porco assada, jaquinzinhos com arroz de tomate, ou o choco frito com açorda de tomate.
O
Carvalhal é uma freguesia do Concelho do Bombarral com 32,13 km² de área e 2
934 habitantes. Diz a lenda que andando um homem junto ao mar em Peniche viu um
grande caixote que as ondas tinham arrojado à praia e pegando nele sem esforço
apesar das dimensões, foi andando até à ermida de São Pedro no Carvalhal. Aqui
o caixote tornou-se tão pesado que, não podendo mais com ele, o homem foi
chamar o prior que o abriu deparando com a imagem de Jesus. Esta foi então
recolhida e exposta à veneração pública e assim começaram os círios. O certo é
que a partir de 1762, a paróquia de São Pedro passa a ser do Bom Jesus e São
Pedro. Desde há milénios que por este território passaram Fenícios, Romanos e
Árabes. Da fundação de Portugal ficou-nos a Torre Medieval, hoje conhecida como
a Torre dos Lafetá. Existem noticias desta freguesia no decorrer da Idade
Média, no Século XIV, em que o Carvalhal era chamado de Carvalhal de Soeiro
Ferreira. Nos finais do século XIV, o Carvalhal possuia já uma estrutura
urbanística organizada, pelo que se percebe a partir da indicação da existência
da Rua Direita. No numeramento de 1527 o Carvalhal ou também conhecido como
Carvalhal de Óbidos era a segunda aldeia mais povoada do termo de Óbidos. A
prosperidade da igreja de S. Pedro do Carvalhal terá sido responsável pelo
prestígio desta região.
O século XVI, foi seguramente o período áureo
desta freguesia, a prová-lo a construção da Capela do Santíssimo Sacramento
pela Rainha D. Leonor de Lencastre, esposa de D. João II. O Carvalhal integrava-se
no termo de Óbidos e por consequência na “Casa de Rainhas”. É também de
assinalar a construção, no século XVI, da Ermida de Nossa Senhora do Socorro
pela família dos Henriques do Bombarral. No século XIX, a freguesia do
Carvalhal foi muito disputada, entre 1836 e 1855 deixa de pertencer ao termo de
Óbidos, passando a pertencer ao Concelho do Cadaval. De quando da criação do
Concelho do Bombarral a freguesia passou finalmente a integrar este concelho. O
património histórico, artístico, cultural e natural desta freguesia é
riquíssimo, é um território rico também pelas suas gentes. Há um património a
preservar e divulgar.
Na bonita aldeia do Carvalhal, situada no concelho do Bombarral e a escassos quilómetros de Óbidos, encontra-se a velha "Torre dos Lafetás". É uma construção de pedra, quadrangular, talvez com 20 metros de altura, que guarnece a entrada da povoação. Apesar de desfigurada por obras recentes de "restauro", mantém muito do seu pitoresco. A designação da Torre resulta de ter pertencido no princípio do século XVI ao mercador italiano João Francisco de Lafetá, ao qual D.João III fez fidalgo da Casa Real e doou a Comenda de Mogadouro na Ordem de Cristo. A Torre dos Lafetás permaneceu na posse da família pelo menos até ao século XVIII. Leite de Vasconcelos, numa das suas obras, faz referência à descoberta de uma "coleira" de escravo, de latão, com a inscrição: "Este Preto he de Agostinho de Lafetá do Carvalhal de Óbidos".
Na bonita aldeia do Carvalhal, situada no concelho do Bombarral e a escassos quilómetros de Óbidos, encontra-se a velha "Torre dos Lafetás". É uma construção de pedra, quadrangular, talvez com 20 metros de altura, que guarnece a entrada da povoação. Apesar de desfigurada por obras recentes de "restauro", mantém muito do seu pitoresco. A designação da Torre resulta de ter pertencido no princípio do século XVI ao mercador italiano João Francisco de Lafetá, ao qual D.João III fez fidalgo da Casa Real e doou a Comenda de Mogadouro na Ordem de Cristo. A Torre dos Lafetás permaneceu na posse da família pelo menos até ao século XVIII. Leite de Vasconcelos, numa das suas obras, faz referência à descoberta de uma "coleira" de escravo, de latão, com a inscrição: "Este Preto he de Agostinho de Lafetá do Carvalhal de Óbidos".
A CACHE
Vá às coordenadas indicadas. Está em frente à Capela do Santíssimo Sacramento. A sua fundação na primeira metade do século XVI, deve-se à Rainha D. Leonor. Ampliada e restaurada no século XVII e meados do século XVIII, é revestida de azulejos com padronagem tipo de “tapete” em azul e amarelo do século XVII. Possui diversas imagens de muito boa qualidade, em pedra e em madeira, policromadas, do século XVI e outras do século XVIII. É igualmente rica em pinturas; o retábulo do primitivo altar mor é atribuído ao pintor maneirista António da Costa. Classificada imóvel de “interesse público”.
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