Mas não tem nenhuma ligação com as funções de um Secretario de Cultura de Estado ou de Município.
Mania de escrever não tem nada haver com ser escritor de livros.
Academia de Letras não tem nenhuma ligação com a cultura do país.
Ela não pode e não deve ser ligada à Secretaria de Cultura
que deverá sim criar concursos literários para que surjam novos escritores.
Lamento muito,mas não gostaria de escrever esta página já que conheço corjesuenses que lutam dentro da literatura para conseguirem um espaço. Mas, impossível não responder aos meus eternos perseguidores.Chegam ao ridículo de pensarem que irei me incomodar em não fazer parte de um grupo que deram o nome de Academia. Aproveito para mostrar que deviam primeiro pesquisar para depois tentarem,somente tentarem continuar uma perseguição que nunca obterão êxito.
Para a criação de uma Academia de Letras, há necessidade de que os integrantes façam prova de que os seus livros são de sua autoria. Não basta escrever um livro, pagar uma gráfica e jogar no mercado para ser considerado Escritor. A Biblioteca Nacional,situada na avenida Rio Branco na cidade do Rio de Janeiro certificará se é plágio ou não. Plágio o nome usado para dizer se alguém copiou de alguém.
Até a presente data,desconheço que outro escritor corjesuense tenha registrado as suas obras na Biblioteca Nacional. Eu sempre registrei.Portanto,os direitos autorais são meus e não há perigo de ser acusado de plágio.
O Secretário de Cultura, ignorando que Academia nada tem nada haver com a sua Secretaria insiste com o Prefeito na criação de uma Academia, deixando de lado a minha história literária. O curioso é que a sua loja de venda de camisas fica ao lado da Rua Beco,30 que foi um reconhecimento dos Corjesuense ao meu trabalho.
Quando não existia a facilidade da internet, o meu quarto livro BECO,30 foi divulgado em todo o Brasil.Coração de Jesus nas páginas brancas da imprensa. |
Em uma entrevista de Deborah Stajnberg,concedida à colega jornalista Maria Helena Esteban, ela nos ensina advertindo sobre direitos autorais. Vamos a alguns trechos da entrevista que afasta totalmente a possibilidade de criação de Academia de Letras no município de Coração de Jesus-MG porque a maioria dos escritores não cumpre o que vai a seguir.
Em linhas gerais, o que todo autor deveria saber – ou nunca se esquecer – em relação à proteção de sua obra?Embora a lei não determine obrigatoriamente o registro, é muito mais fácil a defesa dos direitos de autor se a obra estiver registrada. O autor deve ter muito cuidado ao apresentar essa obra, até para possíveis patrocinadores. Antes, ele deve registrar na Biblioteca Nacional. Porque o que acontece, às vezes, é de uma pessoa ficar interessada pelo projeto, ter uma ideia do que aquele autor escreveu e depois montar com outra equipe.
Qual é a melhor forma de proteger material escrito, como textos em geral, peças teatrais e roteiros?Registrando na Biblioteca Nacional.
O registro de uma obra na Biblioteca Nacional não é obrigatório para seu uso ou publicação. Sendo facultativo, quais as vantagens deste registro?A vantagem é que no caso de conflito ou dúvida sobre a autoria da obra, o registro facilita muito a defesa.
Quando a obra não é registrada na Biblioteca Nacional, quais cuidados o autor deve ter?Deve fazer um termo de responsabilidade para ser assinado por todos os que vierem a ter acesso àquela obra.
Até que ponto podemos classificar uma obra como similar a outra? O que caracteriza o plágio?Isso é da maior subjetividade, pois fora do contexto é impossível sabermos se houve plágio ou não. O ideal é um perito fazer tal aferição.
Qual impacto teve a internet para a questão do direito autoral?As pessoas passaram a ter acesso a todo um conteúdo que antes não tinham, porém ainda não há consciência plena de que o autor tem que se retribuído.
Gostaria de fazer considerações finais?Que os autores procurem sempre se informar com especialistas antes de firmarem qualquer documento, pois o que vemos são contratos ou termos mal redigidos porque o autor deu para um parente ou um amigo “dar uma olhada”. Se não puder procurar um advogado especializado, procure as entidades, procure a SBAT, o ECAD , a AUTIVIS , que é dos artistas visuais... Procure a sua entidade ou a Biblioteca Nacional. Hoje em dia, com a internet, você descobre tudo. Você não pode ter desleixo com a sua obra. A sua obra é sua obra, você tem cuidar com o maior cuidado, o maior carinho. A sua obra é o que vai ficar. Você vai embora, mas sua obra vai ficar. Eu sempre digo isso para os clientes do escritório: você, nós todos vamos embora, mas a obra vai ficar.
Deborah Stajnberg é doutoranda, Mestre em Direito Empresarial e pós-graduada em gerência da indústria do entretenimento. Advogada de diversos artistas e produtores, bem como assessora de casas de espetáculos e empresas de produção artística. Professora de diversos cursos de pós-graduação relacionados à cultura e entretenimento, tendo publicado nacional e internacionalmente diversos artigos sobre o tema.
Confira a entrevista completa:
http://www.casadoautorbrasileiro.com.br/direito-autoral/sobre-direito-autoral
II - O ACADÊMICO FILGUEIRAS LIMA, da Academia de Letras do Estado do Ceará, em seu discurso de 15 de agosto de 1951, definiu com maestria o que é uma Academia de Letras.
Veja parte do discurso:
Função Social e Política das Academias
"Não devem ser as academias igrejinhas de maior âmbito em que o espírito de coterie possa manifestar-se mais ampla e desenvoltamente. O seu objetivo não é o mutuo turibular do incenso da lisonja: não é o reciprocar permanente de elogios bajulatórios, nem a permuta oficial de láureas e títulos honoríficos. Reduzidas a essa função de instrumento de vaidade pessoal e da fatuidade humana, transformar-se-iam, por certo, num entrave ao progresso das letras que essencialmente, lhes compete incrementar, ampliar, desenvolver e dirigir. Academia que não é foco de cultura, que não acende ideais de elevação mental na alma de um povo ou de uma nação, que não aprimora e opulenta os recursos da língua nacional, assegurando-lhe o resguardo e patrocínio das formas e modos expressionais de maior beleza e pureza idiomática - é academia que não tem consciência de si mesma, do seu papel, da sua função, da sua autoridade, do seu ministério, da sua força. Se não exerce influência na difusão das letras e na formação da sensibilidade estética do povo em geral, deixa de representar um órgão de vital importância no desenvolvimento histórico e cultural do país.
Academias como grêmios literários, para o só e monótono declamar de versos e discursos, vazios de conteúdo humano e social, desligados da realidade viva da época e do meio, nada constroem, nada significam, nada deixam: são anarcronismos incompatíveis com as necessidades e problemas culturais do nosso tempo."
Acessando http://www.poetafilgueiraslima.art.br/artigos/funcao_social_politica.html confira todo o discurso.
Esta entrevista com o escritor português José Jorge Letria me fez pensar sobre uma pergunta crucial que todos que escrevem histórias de ficção devem se fazer:
Você quer escrever livros ou você quer ser escritor?
Sim, existe uma diferença entre um desejo e outro.
Se você quer escrever livros, você deseja ser um autor.
Você acredita que tem ideias interessantes, que podem resultar em boas histórias. Você acredita que algumas dessas histórias tem o potencial de despertar o interesse de um público grande o suficiente para atrair o interesse de uma editora. Sua maior meta é desenvolver a habilidade de manter o leitor interessado na sua história, da primeira linha até o último ponto final. Palavras são ferramentas para transmitir suas ideias e pensamentos.
Se você quer ser escritor, você deseja ser um pensador.
Você acredita que tem uma visão única sobre o mundo, que pode resultar em histórias que vão tocar a vida de outras pessoas. Você acredita que algumas dessas histórias têm o potencial de despertar mudanças reais na forma como outros veem o mundo. Sua maior meta é desenvolver a habilidade de fazer o leitor sentir na pele o drama dos seus personagens, da primeira linha até o último ponto final. Palavras são aliadas nos seus incansáveis esforços de dar sentido ao mundo e às suas experiências.
Se você decidir que quer ser escritor, abaixo estão 4 das dicas mais importantes que o José Jorge Letria dá nesse vídeo:
1. “Ser escritor é [...] um trabalho rigoroso e exigente. E que ninguém se convença que só por ter jeito ou habilidade consegue tornar-se escritor.”
2. “Raro é o dia em que eu não escreva. Com disciplina, com dedicação e com exigência. Só assim um autor pode conquistar o seu lugar e assumir-se também como um profissional daquilo que faz.”
3. “Escritor, como um músico, um pintor, como um coreógrafo [...] precisa de ter uma enorme dedicação, uma grande capacidade de entrega àquilo que escolheu para ser o seu trabalho.”
4. “Se quiserem ser escritores, escolham esse caminho sem hesitação, mas sempre com a convicção de que é preciso trabalhar muito para se merecer esse título.”
.E você, quer escrever livros ou ser escritor?
Assista a entrevista no vídeo abaixo
http://ficcao.emtopicos.com/2012/03/escrever-livro-ser-escritor/Não devemos usar para confundir "eu gosto de escrever" querendo dizer " eu sou escritor".
Escrever para mim é isto. É tentar ter a cabeça e o coração sempre ligados, numa espécie de comunicação da alma com o corpo. Escrever é dizer e fazer o que nos apetece e depois termos que confessar ao papel os nossos actos. Escrever é dos actos mais naturais e também mais hostis que eu conheço. Escrever comporta hostilidade porque existe um tanto de sofrimento quando se escreve, uma frase que é dita e que nos é dolorosa, uma palavra que nos desperta o enxame que tínhamos guardado religiosamente nas profundezas do nosso Ser. Depois de escrevermos o Mundo não fica o mesmo: primeiro sou eu que me modifico porque não sou eu mesmo… Quando Escrevo. Um livro, uma frase, uma palavra têm a magnífica capacidade de mudar o Mundo através da mudança de ideias.
Escrever traz consigo, também, algo de companheirismo de modo que parece que temos que “prestar contas” com um Ser que se desconhece mas que nos controla à distância. Sendo assim, escrever é portanto um acto de escravidão: é uma questão de termos nascido para Escrever ou não, quase uma coisa de invalidez pelo nascimento e depois pronto durante toda a vida saem umas coisas às quais convencionalmente chamamos como “Escrita”, umas coisas que estupidamente e todos vaidosos mostramos aos amigos e eles dizem que não tem fundamento nenhum. Escrever é aquilo que faço agora a uma velocidade estrondosa e alucinante cujo bater das teclas me embala ao longo do teclado e sinto o coração irado e com vontade de estoirar! Escrever é dizer que sou capaz de mudar o Mundo porque quando se escrever, o Sonho materializa-se! Sou escritor e nunca escrevi nenhum livro. Sou escritor e sempre vivi neste meu recanto, com 22 anos feitos, um curso para terminar e com um trabalho que sempre me dá para ir comprando timidamente uns livros, acto que me incita a tentar esboçar alguns tiques de intelectual. Mas, ainda assim, tenho a ilusão mais infantil de me considerar como escritor, convencido que estou de que cada um de nós transporta consigo um ente semi-escondido de Escritor. E Escrever, meus caros, está muito longe de escrever livros ou de ser autor de um best-seller: os grandes escritores são antes de tudo aqueles que sempre foram fiéis aos momentos mais íntimos de partilha dos seus sentimentos entre duas pessoas: o Próprio e esse Ser que se desconhece mas que nos controla à distância.
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