Recordando

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Torcedor brasileiro: omissão e exigências.



O torcedor,quando eleitor, devia ser também exigente.


  
Ontem, dia 24 de abril de 2013, mais uma vez, corretamente, o treinador Felipão testou jogadores. O selecionado brasileiro, para qualquer um que entende de futebol, jogando com os jogadores que atuam no Brasil, jogou sem ter o direito de treinar e desfalcado de Julio Cesar, Daniel Alves, Tiago Silva, David Luiz, Marcelo, Fred, Ramires e outros. O mineiro-brasileiro foi ao estádio sabendo de tudo isso. Em determinada parte da partida começou a rasgar a bandeira brasileira e esquecer que cantou o hino nacional, gritando olé. O selecionado brasileiro que estava em campo não merecia tamanha falta de amor ao Brasil.Não merecia tanto desrespeito. Sim, foi a mesma coisa que dizer: antes eu gosto, mas se não fizer o que eu quero eu desgosto. Ora, mineiros-brasileiros que estavam no novo Mineirão, por qual razão com a mesma intensidade não vão para porta da Assembleia legislativa reclamar que o Marques – ex-jogador de futebol – passa o tempo todo se promovendo em programa de televisão esportivo ao invés de estar bolando projetos para melhorar a qualidade de vida de todos! Foram vocês que o elegeu. 1958
Não, o mineiro-brasileiro não vai para a porta do Fórum judicial vaiar os maus Promotores de Justiça e Juízes que, por incompetência ou má fé, liberam aqueles que gostam de estuprar e os políticos corruptos. Por qual razão esta mesma torcida mineiro-brasileira não vai para a porta da OAB/MG protestar contra os maus advogados que aproveitam da inocência do pobre e ganham do governo por se apresentarem como defensores e colocam a faca no pescoço do mesmo inocente para conseguirem honorários.
Nada disso, o torcedor mineiro/brasileiro me decepcionou porque não foi enganado ao ver em campo um “blefe” chamado Neymar que ele mesmo aplaudiu meses atrás, um peladeiro chamado Dedé e o protegido Jadson. Em 1958, o selecionado brasileiro depois de treinar três meses,em partida de despedida para ir disputar a Copa do Mundo na Suécia, perdeu, em pleno Maracanã, para o Flamengo com um gol do mineiro de Montes Claros chamado Manoelzinho. E o Brasil foi campeão do mundo!

O torcedor, que homenageou o Chile gritando olé!olé!, perdeu o direito de colocar a mão no peito para cantar o nosso sagrado hino nacional. Futebol, nos dias de hoje, não existe mais ninguém bobo. O torcedor-brasileiro de ontem no Mineirão, pela sua maneira de pensar, devia entrar com um pedido para que todos fossem campeões. Ora, como exigir de um treinador uma seleção entrosada como o atual time do Atlético Mineiro! Para o treinador do Galo Cuca alcançar o seu objetivo foram dias e meses de treinamentos. E os pobres treinadores de seleções do Brasil treinam dentro de apartamentos de hotéis ou mesmo com os botões. Muitos treinadores foram dispensados depois de vários meses de trabalho porque não conseguirem entrosar as equipes de clubes. Então por qual razão essa de o torcedor mineiro/brasileiro exigir que o Felipão consiga o entrosamento de um apanhado de jogadores que muitos não conseguem com mais tempo para treinar!
O torcedor brasileiro nunca tem razão! Isso já se tornou um vício em gritar olé! Para trabalhadores que jogam bola merecem o respeito do mesmo torcedor/eleitor que em troca de um tijolo vota em corruptos que lhes tira o direito de ser feliz durante quatro anos e até mesmo décadas. É muita incoerência de um povo que na distancia entre o gramado e arquibancada desrespeita quem está ali para ganhar a vida e enquanto esses mesmos torcedores elegem ex-jogadores como Bebeto, Marques, Roberto Dinamite para serem seus representantes. Então, há de se perguntar: quem mais merece olé! ?


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