O torcedor,quando eleitor, devia ser também exigente. |
Ontem, dia 24 de abril de 2013, mais uma vez, corretamente, o treinador
Felipão testou jogadores. O selecionado brasileiro, para qualquer um que
entende de futebol, jogando com os jogadores que atuam no Brasil, jogou sem ter o direito de treinar e desfalcado de Julio Cesar, Daniel Alves, Tiago Silva, David Luiz, Marcelo,
Fred, Ramires e outros. O mineiro-brasileiro foi ao estádio sabendo de tudo isso. Em
determinada parte da partida começou a rasgar a bandeira brasileira e esquecer
que cantou o hino nacional, gritando olé. O selecionado brasileiro que estava
em campo não merecia tamanha falta de amor ao Brasil.Não merecia tanto desrespeito. Sim, foi a mesma coisa
que dizer: antes eu gosto, mas se não fizer o que eu quero eu desgosto. Ora,
mineiros-brasileiros que estavam no novo Mineirão, por qual razão com a mesma
intensidade não vão para porta da Assembleia legislativa reclamar que o Marques
– ex-jogador de futebol – passa o tempo todo se promovendo em programa de
televisão esportivo ao invés de estar bolando projetos para melhorar a
qualidade de vida de todos! Foram vocês que o elegeu. 1958
Não, o mineiro-brasileiro não vai para a porta do Fórum judicial vaiar os maus
Promotores de Justiça e Juízes que, por incompetência ou má fé, liberam aqueles
que gostam de estuprar e os políticos corruptos. Por qual razão esta mesma
torcida mineiro-brasileira não vai para a porta da OAB/MG protestar contra os maus
advogados que aproveitam da inocência do pobre e ganham do governo por se
apresentarem como defensores e colocam a faca no pescoço do mesmo inocente para
conseguirem honorários.
Nada disso, o torcedor mineiro/brasileiro me decepcionou porque não foi
enganado ao ver em campo um “blefe” chamado Neymar que ele mesmo aplaudiu meses atrás, um peladeiro chamado Dedé e o protegido Jadson. Em 1958, o selecionado brasileiro depois de treinar três meses,em partida de despedida para ir disputar a Copa do Mundo na Suécia, perdeu, em pleno Maracanã, para o Flamengo com um gol do mineiro de Montes Claros chamado Manoelzinho. E o Brasil foi campeão do mundo!
O torcedor, que homenageou o Chile gritando olé!olé!, perdeu o direito
de colocar a mão no peito para cantar o nosso sagrado hino nacional. Futebol,
nos dias de hoje, não existe mais ninguém bobo. O torcedor-brasileiro de ontem no
Mineirão, pela sua maneira de pensar, devia entrar com um pedido para que todos
fossem campeões. Ora, como exigir de um treinador uma seleção entrosada como o atual
time do Atlético Mineiro! Para o treinador do Galo Cuca alcançar o seu objetivo foram
dias e meses de treinamentos. E os pobres treinadores de seleções do Brasil treinam dentro
de apartamentos de hotéis ou mesmo com os botões. Muitos treinadores foram
dispensados depois de vários meses de trabalho porque não conseguirem entrosar
as equipes de clubes. Então por qual razão essa de o torcedor mineiro/brasileiro exigir
que o Felipão consiga o entrosamento de um apanhado de jogadores que muitos não
conseguem com mais tempo para treinar!
O torcedor brasileiro nunca tem razão! Isso já se tornou um vício em
gritar olé! Para trabalhadores que jogam bola merecem o respeito do mesmo
torcedor/eleitor que em troca de um tijolo vota em corruptos que lhes tira o
direito de ser feliz durante quatro anos e até mesmo décadas. É muita
incoerência de um povo que na distancia entre o gramado e arquibancada
desrespeita quem está ali para ganhar a vida e enquanto esses mesmos torcedores
elegem ex-jogadores como Bebeto, Marques, Roberto Dinamite para serem seus
representantes. Então, há de se perguntar: quem mais merece olé! ?
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